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Coronavírus: Quais cuidados com higienização devem ter os hotéis ao receber médicos e pacientes

A crise do coronavírus tem feito com que o setor de turismo e hotelaria busque novas soluções para se manter vivo, em meio à pandemia. Uma das soluções encontradas pelos hotéis é receber equipes médicas, pacientes e pessoas em quarentena, mas esta operação requer cuidados, principalmente no quesito de higienização.

A presidente nacional da Associação Brasileira de Governantas e Profissionais de Hotelaria, Maria José Dantas, afirma que é perigoso expor as equipes de limpeza ao vírus e o cuidado com a saúde dos funcionários deve ser 100%, caso eles precisem atuar nos hotéis em situação de alto risco de contaminação.
“As camareiras às vezes não têm preparo sobre o nível mais básico de contaminação nos quartos e a situação piora ainda mais em uma situação como a nossa, de pandemia. Profissionais de saúde estão sendo contaminados e muitos já morreram. O tipo de limpeza que a camareira faz é completamente outro. Se possível, as unidades hoteleiras que recebem médicos e pacientes devem limitar o contato dos seus funcionários a estes hóspedes, mantendo-os isolados”, explica Maria José.

No caso das camareiras que efetuarem o trabalho nestes hotéis com equipes médicas e pacientes, o uso da proteção completa é essencial. “Se elas precisarem ter acesso às acomodações, é necessário usar todos os equipamentos de proteção, incluindo luvas, capotes (aventais com proteção sintética, incluindo braços), máscaras e óculos”.

ROUPAS DE CAMA E BANHO

Uma questão comum é se a roupa de cama e os enxovais de banho do hotel ficariam contaminados após cada check-out, mas a questão crítica envolve o manuseio destes objetos, e não a eficácia do processo de lavanderia e dos produtos de limpeza. Os produtos utilizados no mercado já são considerados suficientes para evitar a contaminação.

“O processo de higienização nas unidades de processamento é muito seguro e os detergentes, por exemplo, conseguem eliminar 100% da contaminação biológica, independente do coronavírus. O enxoval, de maneira geral, segue todo o protocolo de segurança. No entanto, o risco da camareira acontece no momento da retirada da roupa de cama e enxoval de banheiro, pois ela não pode ter contato nenhum com esse material. A roupa deve sair do quarto totalmente separada, embalada e identificada para os cuidados da lavanderia.”

Maria José Dantas, da ABG Nacional, ainda reúne mais exemplos para evitar preocupações neste sentido. “No caso das toalhas, muitas empresas adotam peróxido de hidrogênio ou o cloro para alvejamento. Qualquer um destes produtos faz a desinfecção. E as toalhas ainda passam pelos secadores em altíssima temperatura, o que aniquilaria o vírus.”

A especialista alerta também para a necessidade de se proteger as camas e colchões de contaminação, mesmo com a ida frequente de colchas, fronhas e lençóis para a lavanderia. A recomendação é montar um enxoval básico para atender às equipes médicas e pacientes. “No caso da cama, é preciso usar proteção/capa impermeável em toda a parte que for de tecido, incluindo a parte de cima e as laterais, cobrindo toda a extensão para evitar a contaminação do colchão”, finaliza Maria.